Aumento de casos de doenças respiratórias afeta população idosa

Dados da Fiocruz mostram que influenza A é a principal causa de mortes entre idosos por Síndrome Respiratória Aguda (SRAG)

Os casos de doenças respiratórias estão crescendo de forma acelerada no Brasil, atingindo principalmente a população idosa. Segundo os dados recentes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a influenza A é a principal causa de mortes entre idosos por Síndrome Respiratória Aguda (SRAG), superando a Covid-19.

Tanto a gripe quanto os vírus Sincicial Respiratório (VSR) preocupam, uma vez que eles podem causar complicações mais severas em pessoas com mais de 60 anos, especialmente aquelas com comorbidades.

De acordo com o Boletim Epidemiológico InfoGripe da Fiocruz, o Brasil registrou 24,5 mil casos de hospitalização por SRAG até o começo de maio. Dentre eles, 50% foram atribuídos ao VSR nas quatro semanas anteriores, assim como 11% dos óbitos.

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Vírus Sincicial Respiratório (VSR)

Mais conhecido por afetar bebês e crianças pequenas, o VSR pode causar bronquiolite e pneumonia. O vírus é um dos principais responsáveis por bronquiolites, pneumonias e hospitalizações em bebês com menos de um ano.

Bronquiolite é uma infecção dos bronquíolos, estruturas que levam o ar da traqueia aos pulmões. A condição também se difere da pneumonia, que é principalmente bacteriana e afeta os alveólos pulmonares, que ficam cheios de pus. O chiado respiratório é característico da doença.

Em idosos e imunossuprimidos, a infecção também pode ser grave. O VSR costuma circular com mais força entre março e agosto.

COVID-19

Com o primeiro caso registrado em 2019, a infecção pelo vírus SARS-CoV-2 foi o causador da pandemia que durou mais de 3 anos e 715 mil mortes. Apesar do fim da pandemia, o vírus ainda circula: Até 26 de abril de 2025, 182 mil pessoas foram diagnosticadas no Brasil com Covid-19 apenas neste ano e foi responsável por quase um quinto (18,6%) dos 50.090 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) registrados em 2025

Rinovírus

Principal causador do resfriado comum, o rinovírus pode parecer inofensivo, mas é responsável por boa parte das faltas escolares e afastamentos do trabalho. Apesar dos sintomas geralmente leves, coriza, dor de garganta e tosse, ele pode agravar quadros em pessoas com asma ou DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica).

O pneumologista do Hospital Sírio Libanês André Nathan ressalta que enquanto o resfriado acomete apenas as vias aéreas superiores (cavidades nasais, laringe e faringe), a gripe pode atacar também as vias aéreas inferiores (traqueia e estruturas do pulmão).

Adenovírus

Afeta principalmente crianças e provoca desde resfriados até infecções mais sérias como faringite, conjuntivite, pneumonia e até gastroenterite.

Em épocas frias, seu poder de disseminação aumenta. O adenovírus pode ser transmitido por contatos com secreções respiratórias (inclusive transmissão por dedos) de uma pessoa infectada ou por contato com um objeto contaminado, segundo o Manual MSD.

Como se proteger?

A prevenção passa por medidas simples, mas eficazes:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou usar álcool em gel;
  • Quando espirrar, cobrir a boca com o cotovelo;
  • Evitar locais fechados e aglomerações;
  • Manter ambientes ventilados;
  • Atualizar a caderneta de vacinação (especialmente as vacinas contra a Influenza e Covid-19);
  • Usar máscaras em locais de maior risco, como hospitais ou transporte público, especialmente se estiver com sintomas;
  • Em casos de sintomas respiratórios, evitar contato com pessoas do grupo de risco (idosos, bebês, imunossuprimidos).
  • Com informações das Agências de saúde

João Alberto

Jornalista: DRT 08505/DF. Radialista, Escritor e Poeta

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