Ficar muito tempo sentado pode prejudicar a memória, diz estudo
Estudo da Universidade da Califórnia em Los Angeles diz que sedentarismo pode influenciar a saúde de região do cérebro, além de aumentar o risco de doenças cardíacas.
Ficar sentado é o novo fumar. Um novo estudo publicado nesta quinta-feira (12) mostra que não sair do sofá ou da cadeira por muito tempo pode afetar uma área do cérebro que é fundamental para a memória.
Em janeiro, os cientistas já haviam demonstrado que ficar sentado por longos períodos pode aumentar o risco de doenças vasculares, assim como o de problemas cardíacos.
Nesta nova pesquisa, os professores da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) recrutaram 35 pessoas com idades entre 45 e 75 anos. Eles perguntaram a frequência com que praticavam atividades físicas e o número de horas que costumavam ficar sentados por dia.
Cada um dos participantes faz uma ressonância magnética de alta resolução, que mostra uma visão detalhada do lobo temporal medial – região afetada quando as pessoas têm amnésia e envolvida na formação de novas memórias.
Os cientistas descobriram que o comportamento sedentário é um fator significativo de desgaste do lobo temporal medial. A prática de atividade física, mesmo que em níveis elevados, não é suficiente para repor esses efeitos de ficar sentado por longos períodos.
Os autores dizem, no entanto, que essa pesquisa ainda não é uma prova definitiva de que ficar sentado por bastante tempo é a causa do “afinamento” de alguns áreas do lobo temporal medial. Eles pretendem expandir o número de pessoas e aumentar o tempo de acompanhamento para entender mais profundamente a questão, além de levar em consideração outros fatores, como raça, gênero e peso.