Samir Xaud é eleito novo presidente da CBF; metade dos clubes boicota pleito
Dirigente de Roraima assume a gestão da confederação após a queda de Ednaldo Rodrigues; mandato é de quatro anos
Samir Xaud é o novo presidente da CBF. O dirigente de Roraima foi confirmado no comando da confederação, na manhã deste domingo, após eleição realizada na sede da entidade, no Rio de Janiro. Ele assume imediatamente o cargo e tem mandato até 2029.
Apesar de ser candidato único, Xaud não conseguiu unanimidade de votos – como ocorreu na eleição anterior, que reelegeu Ednaldo Rodrigues. Foram 103 pontos de um total de 141 possíveis. Ao todo, estiveram presentes 26 federações e 20 clubes. O que daria 108 pontos, pois voto de federação tem peso três, de clube da Série A, dois, e da Série B, um.
Oito vice-presidentes também foram eleitos: Ednailson Leite Rozenha, Fernando José Macieira Sarney, Flávio Diz Zveiter, Gustavo Dias Henrique, José Vanildo da Silva, Michelle Ramalho Cardoso, Ricardo Augusto Lobo Gluck Paul e Rubens Renato Angelotti.
Parte dos clubes, que tinham declarado apoio a Reinaldo Carneiro Bastos há uma semana, boicotou o processo e dispensaram, inclusive, a possibilidade de voto online, o que foi proposta pela comissão da eleitoral em dia de rodada do Brasileiro. Cruzeiro, Operário e Santos, por outro lado, furaram o boicote. Bragantino e Ferroviária disseram que viriam e não compareceram. A representação da Federação Paulista também não veio.
Em discurso após ser eleito e na entrevista coletiva, o dirigente elencou que a reorganização do calendário e a implantação do fair play financeiro são prioridades. Ele anunciou que os Estaduais terão 11 datas a partir de 2026.
Há pouco mais de uma semana, a Justiça do Rio de Janeiro determinou o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF por causa de uma assinatura supostamente falsa do Coronel Antônio Nunes, ex-presidente da entidade, num acordo firmado em janeiro para encerrar disputas jurídicas que mantinham Ednaldo pendurado por liminares.
O ex-presidente nega a fraude no documento – Nunes está há meses muito debilitado por uma doença –, mas decidiu desistir de lutar pelo cargo na semana passada, quando informou o STF (Supremo Tribunal Federal), que reunia ações ligadas à CBF, que não mais recorreria.
Com informações do GE
