Temer descarta venda do controle da Embraer
Governo brasileiro é pego de surpresa pela informação das negociações
O governo brasileiro foi pego de surpresa pela informação. A área militar havia notado uma movimentação de executivos e lobistas ligados aos americanos em reuniões recentes em Brasília, mas não tinha clareza do que estava em curso. Na realidade, a Boeing negocia uma associação, até por saber que o governo brasileiro não autorizaria a venda.
O poder de veto do Planalto se deve a uma “golden share”, mecanismo que lhe permite voz em qualquer decisão estratégica da empresa -que foi fundada como estatal em 1969 e acabou privatizada em 1994. De lá para cá, a Embraer saiu do estado de quase falência para assumir o posto de terceiro maior fabricante de aviões do mundo.
Parte desse sucesso se deve à associação estratégica com o governo brasileiro. Seu novo cargueiro militar, por exemplo, só existe porque a Força Aérea bancou R$ 5 bilhões de seu desenvolvimento e garantiu uma encomenda de 28 aeronaves. Na quarta (20), o modelo KC-390 recebeu a sua homologação operacional inicial, e deverá ter a primeira unidade entregue à FAB em 2018.
*Com informações da Folhapress.