Suposta vítima de estupro no Metrô de SP muda depoimento: ‘Não tenho certeza’
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, afirmou nesta terça-feira, 28, à Jovem Pan, que a jovem que disse ter sido estuprada em uma estação do Metrô mudou seu depoimento. “Não tenho mais certeza sobre os fatos”, disse ela em testemunho à 2ª Delegacia de Defesa da Mulher nesta segunda-feira, segundo Mágino. A garota também afirmou em depoimento que está se sentindo “confusa” e que pretende procurar ajuda psiquiátrica.
De acordo com o secretário, as investigações serão aprofundadas para descobrir se a menina mentiu ou se ela está em um estado de confusão mental. “Ainda não sabemos ao certo se estamos diante de uma falsa comunicação de crime ou se estamos diante de uma pessoa que está com uma perturbação psicológica ou psiquiátrica”, disse ele.
Nesta segunda, Mágino declarou que as imagens das câmeras de segurança do Metrô não confirmam o crime, que teria acontecido na quarta-feira da semana passada. Inicialmente, a jovem, de 18 anos, disse ter sido estuprada na plataforma da estação Sacomã, da Linha 2-Verde, quando ia para a faculdade. Nesta segunda, ela teve acesso às imagens das câmeras de segurança e prestou um novo depoimento. Hoje, pessoas próximas a ela foram ouvidas. “O importante é deixar claro que não ocorreu o crime relatado por ela nas dependências de nenhuma estação do Metrô”, afirmou o secretário.
A mãe da suposta vítima contou à Jovem Pan que a filha estava na fila da bilheteria da estação quando foi abordada pelo rapaz, que teria cerca de 25 anos de idade, para tirar uma dúvida de como chegar à estação Consolação, também na Linha 2-Verde. Depois de explicar o trajeto, ela desceu as escadas e se dirigiu ao local onde costuma embarcar no trem. O homem, então, a puxou e a jogou no chão. “Depois que ele a estuprou, ele disse: ‘agora você vai estudar e eu vou te acompanhar’”, contou a analista de sistemas, de 46 anos.
O Metrô já acionou a Polícia para investigar o caso.
De acordo com o Código Penal, quem pratica a falsa comunicação de crime pode ser penalizado com um a seis meses de prisão ou multa.