A avaliação da Polícia Federal e do Ministério da Segurança Pública é de que o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, não cumpriu o protocolo de seguranças na passeata desta 5ª feira (6.set.2018), onde foi esfaqueado.

O ministro Raul Jugmann (Segurança Publica) afirmou que Bolsonaro foi alertado sobre os procedimentos que deveria adotar. Entre eles, foi pedido que ele evitasse ser erguido por multidões em eventos, como vinha acontecendo nas chegadas do candidatos em aeroportos, durante suas viagens de campanha.

“O problema é quando se vai para uma situação de risco reiterada sobre a qual a segurança diz que não dá para fazer segurança nessas condições”, disse.


Segundo Jungmann, no momento, 3 suspeitos de cometer o crime estão sendo investigados. “Existem outros [suspeitos] que estariam envolvidos, mas que não se tem a comprovação tática, não se tem provas”, disse.

Durante o desfile de 7 de setembro, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, Jungmann foi quem mais conversou com o presidente Michel Temer. O ministro disse ter detalhado ao presidente os procedimentos de transferência de Bolsonaro para São Paulo e sobre a evolução das investigações. “A recomendação dele foi dizer que quer apuração rigorosa e para que se reforce a segurança dos candidatos”, disse.

Após o incidente com o deputado federal, as equipes de todos os 13 candidatos ao Planalto serão convocadas para uma reunião neste sábado (8.set.2018), em Brasília, na diretoria geral da PF.

O efetivo de segurança disponível aos candidatos será aumentado em 60%. Até o momento, 5 candidatos solicitaram o apoio da Polícia Federal. Caso novos candidatos também solicitem, a PF analisará o efetivo disponível para cada 1 a partir de uma análise de risco individual.

Segurança do presidente

O ministro da Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, negou que o evento com o deputado tenha alterado o esquema de segurança do presidente Temer.

Etchegoyen afirmou que o governo está comprometido com os candidatos para que a campanha prossiga sem novos episódios de violência. “O Brasil lutou muitos anos para chegar onde chegou, com 1 modelo democrático que todos celebramos e do qual não podemos nos afetar”, disse.

O ministro disse ser necessário um comprometimento geral para que se evite radicalismos durante a disputa. “É importante que todos que tem algum papel de liderança nesse momento, homens públicos, candidatos, líderes de audiência, procurem encontrar a palavra da pacificação.”